Catarse metanóica

Quando nascemos não possuímos uma consciência formada e os portais que nos ligam com o mundo exterior são justamente os nossos sentidos. É com eles que tocamos, ouvimos, cheiramos, vemos e provamos “palatinamente” tudo o que por natureza é efêmero e passível de mutações. No tocante a tais aspectos fenomênicos, debruçamo-nos a estabelecer conceitos gerais sobre a vida, em si, sempre relativos e dissolúveis por natureza. Esses conceitos surgem exatamente através do sensorial empirismo entre o homem dialético e o mundo exterior e acabam por transformarem-se em protagonistas personagens na inversão dos valores, onde o homem torna-se um coisificado escravizado de suas próprias projeções atreladas ao seu instinto de autoconservação.
      A ciência, a filosofia, a arte e a religião estão apoiadas nesta mesma base de pedras quiméricas, regadas por muito sangue derramado ao longo dos tempos. Porém, esse castelo de ilusões está para desintegrar-se, dando lugar a uma nova e real construção.
       Essas reflexões me impulsionaram a escrever poética e impessoalmente, ‘Catarse Metanóica’, que é um conjunto de pensamentos direcionados à existência de cada um de nós.  É mais um eco da mensagem que se propaga no tempo e no espaço, dita outrora, em verdade, desde que a humanidade é humanidade. Aqui, o que denuncia a degeneração humana, não poupa nem o autor. Visa o desmascaramento, então. Que esse eco encontre as cordas sensíveis de cada coração e faça-as vibrarem em uníssono, a caminho da nossa catártica conversão.   

 P.s: Catarse metanóica é o nome dado à compilação de alguns trabalhos já registrados. Estes seram postados a seguir, com um indicador.