domingo, 23 de junho de 2013

A balança da loucura



A quebra do juízo
Na fina linha
Da sensatez
Catapultou
Em nosso umbigo
O avesso da lucidez.
E a loucura
Tornou-se “lúcida”,
Imperativa se fez real,
Mais que nunca
Amalgamada,
Na balança Nêmeses
Bem e mal.

Mundo sonhador



Quando a força
Centrífuga
Catapulta a viagem
Do olhar
E as idéias submergidas
Tornam-se
Itinerários da vida
Mergulhada no mar,
Tudo se transforma
Num caleidoscópio
Sedutor,
Retardando
A nossa viagem
No multiforme colorido
Mundo sonhador.

Só metades



A multiplicidade
Nos serve
Para compreender
A nossa unidade,
Assim como
A mentira nos cabe
Para que um dia
Encontremos
A pura verdade.
E tudo isso
E tudo aquilo
São só metades.

Galanteios do mundo



O sol nascente
No horizonte,
A chuva estalando
No seu telhado,
As nuvens na
Composição disforme,
A relva fresca
E o verde gramado.
As montanhas alvas
E as corredeiras,
As estalactites
E também o cerrado,
As pedras preciosas,
As frutas saborosas
São galanteios do mundo
Que nos mantém “parados”.

Um nada nas mãos



A feiúra pede clemência
E as miragens enfadaram
A própria ilusão.
A mente descortina-se
Cansada da “ciência”,
A “filosofia” é o resquício
Conceituado da demência,
Na parcialidade empírica,
Coercitiva e deletéria, ambas
Sem nada nas mãos.