quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O observador



Se parares de se ligar
Magneticamente
Com todas as coisas
Externas,
E compreenderes
Que o profundo saber,
Que emana de você
É de uma energia interna,
As máscaras de papéis
Cairão de repente
E ocuparás a platéia
Como um observador silente.



  (Catarse Metanoica)

O chamado



Dos meios
Para o centro,
Extraindo
O prego do latão,
Põe este
Em lugar propício
A sete chaves
No coração.
Transcende
As barreiras do efésio,
Penetrai no sepulcro
Do cristão,
Conhecendo as coisas
Pelo nome,
Sabedoria
De primeira mão.

  (Catarse Metanoica)

Lei



O movimento univérsico
Segue uma ordem matemática,
Que dissona e se esbarra
Na ignorância de cada ser.
As dores provindas do mundo
Não são males, não são nada...
É a eterna lei que organiza,
É o Amor que se faz valer.


  (Catarse Metanoica)

O lápis spitalauficus*



A construção foi erguida
Como um castelo de areia,
Sem base, sem métrica
Como um canto de sereia.
Girou, rodopiou e caiu
O escravo, em pleno sorvo
Do esquecer, traiu o próprio ser
Com o seu lápis spitalauficus.




* O mesmo que uma falsa magia.
 


  (Catarse Metanoica)

Chamas errantes



Não sois apenas
As cinzas da Terra,
Encontram-se perdidos
A eras e eras,
Mas tudo pode
Transformar-se em novo.
Então se ergam e avante,
Em dinamismo constante,
Chamas errantes
Do fogo!



  (Catarse Metanoica)